Rio de Janeiro é
uma das cidades que quero conhecer mais profundamente. Da primeira vez que fui
ao Rio, estava previsto fazer “turismo” com um amigo carioca que conheci
através de cartas dos tempos de adolescência. A viagem estava marcada para uma
semana, no mês de Janeiro no ano de 2004. Era verão, um tempo ótimo para
passeios. Ainda Lula não era presidente. Mas a viagem durou 3 dias e tive de vir
embora por outras razões. E nessa viagem, lembro-me de estar insegura, ou antes,
com o amigo carioca ficava segura, mas aconteceram coisas, como um assalto a um
ônibus mesmo perto de nós (nós estávamos dentro de um outro ônibus um pouco
mais atrás, a abafar com o calor, e não podíamos sair porque podia ser
perigoso. O assalto tornou-se num incêndio bem feio. Numa outra situação, numa
das praias de Copacabana, assaltaram um casal de italianos mesmo ao nosso lado
e não se via um polícia em lado nenhum.
Da segunda vez, foi
no mesmo ano, em Agosto, fui acompanhada por 2 portugueses. Desta vez não foi
uma viagem de turismo, fomos em busca de informações sobre surdos, mas sempre
deu para visitar o Cristo Redentor e dar um mergulho em Copacabana. E não vimos
perigo, mas estávamos sempre atentos, não levávamos mochilas, nem passaporte,
nem nada.
E agora, em
Setembro de 2012, voltei ao Rio,
novamente sozinha para apresentar um projeto no Congresso Internacional de
Surdos que calha na semana do Surdo. Nessa semana havia também os concertos da
Zélia Duncan. E foi assim, uma semana bem passada no Rio, embora não tenha tido
muito tempo para fazer turismo.
O que quero dizer
aqui é: o Rio ficou diferente, pelo menos nas ruas que percorri, estive a maior
parte do tempo em Copacabana. Mas, por onde andei, as pessoas tinham os
telemóveis a vista, principalmente iphones, portáteis nas esplanadas das
praias, ipods nas corridas na calçada de Copacabana, ipads nas praias... quem
viu o Rio há 8 anos, diria que mudou para melhor. Sim, é verdade, o Rio ficou
diferente, mais seguro, embora saiba que o perigo tenha mudado para as cidades
vizinhas e que é difícil a polícia controlar tudo. Mas, seja como for, o meu
iphone esteve sempre comigo, no bolso, e, para ir ao congresso, levava sempre a
mochila e não senti perigo, coisa que teria sido impossível antes. Foi bom ver
o Rio em boa forma, as ruas e mesmo as praias bem mais limpas do que há 8 anos.
Não tive muito
tempo para fazer turismo, mas no fim de semana consegui ir a São Paulo visitar
uns amigos queridos e ver a peça ToTatiando da Zélia Duncan. E ainda, voltar
para o Rio a tempo de entrar nas favelas, era coisa que queria ter feito desde
a primeira vez que fui ao Brasil. Mas ver favelas tinha de ser no Rio e finalmente
consegui. Paguei uma excursão e lá fui com um grupo que só usava a língua
inglesa (americanos, canadianos, irlandeses e ingleses), valeu conhecer a
favela Rocinha, aquilo é um mundo enorme, uma realidade diferente do que se vê
nos telejornais. Sempre que vou ao Brasil, seja a que cidade for, procuro
sempre favelas, normalmente morros e desenho-as. Tenho vários desenhos de diferentes
favelas. E aqui vai mais um.
No mesmo fim de
semana ainda deu para fazer uma caminhada em Ipanema, com desvio para o Leblon
para conhecer a tal livraria Travessa que é para mim como um parque de
diversões, fiquei encantada e ali passei horas a escolher livros. Depois fui ver
a tal feira hippie de Ipanema onde acabei por comprar umas lembranças para a
minha família. Nessa feira havia um pedaço de salvador, para além do artesanato
baiano, havia acarajés e mulheres baianas.
(morangos com chocolate é demais para mim, eu adoro!!!!)
Favela!!! Favela!!! Favela!!!!
(no hotel eu fiquei, tinha esta vista)
Lapa!!!
Shows de Zélia Duncan, 2 dias de emoção!!!!
No regresso a
Portugal, levo sempre boas recordações do Brasil, fico sempre feliz quando lá
vou. Adoro a água do mar, seja no sul ou no norte. Adoro a chuva tropical. Adoro
as frutas, a oportunidade de beber todos os dias um suco de fruta e água de
coco. Os pãezinhos de queijo e os doces com leite condensado, que são tão difíceis
de resistir. A tigela de açaí é outra tentação e difícil de encontrar fora do
Brasil.
O Rio me espera no próximo
ano e eu espero conhecê-lo mais a fundo. Gostava de conhecer os cafés dos
artistas, Santa Teresa e a Lapa (fui lá mas o tempo foi curto demais) e outros cantos do estado do Rio, como
Paraty, Angra dos Reis e Búzios...
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