sábado, 6 de outubro de 2012

Rio de Janeiro e São Paulo (Setembro 2012)

Rio de Janeiro é uma das cidades que quero conhecer mais profundamente. Da primeira vez que fui ao Rio, estava previsto fazer “turismo” com um amigo carioca que conheci através de cartas dos tempos de adolescência. A viagem estava marcada para uma semana, no mês de Janeiro no ano de 2004. Era verão, um tempo ótimo para passeios. Ainda Lula não era presidente. Mas a viagem durou 3 dias e tive de vir embora por outras razões. E nessa viagem, lembro-me de estar insegura, ou antes, com o amigo carioca ficava segura, mas aconteceram coisas, como um assalto a um ônibus mesmo perto de nós (nós estávamos dentro de um outro ônibus um pouco mais atrás, a abafar com o calor, e não podíamos sair porque podia ser perigoso. O assalto tornou-se num incêndio bem feio. Numa outra situação, numa das praias de Copacabana, assaltaram um casal de italianos mesmo ao nosso lado e não se via um polícia em lado nenhum.
Da segunda vez, foi no mesmo ano, em Agosto, fui acompanhada por 2 portugueses. Desta vez não foi uma viagem de turismo, fomos em busca de informações sobre surdos, mas sempre deu para visitar o Cristo Redentor e dar um mergulho em Copacabana. E não vimos perigo, mas estávamos sempre atentos, não levávamos mochilas, nem passaporte, nem nada.

 E agora, em Setembro de 2012,  voltei ao Rio, novamente sozinha para apresentar um projeto no Congresso Internacional de Surdos que calha na semana do Surdo. Nessa semana havia também os concertos da Zélia Duncan. E foi assim, uma semana bem passada no Rio, embora não tenha tido muito tempo para fazer turismo.

 O que quero dizer aqui é: o Rio ficou diferente, pelo menos nas ruas que percorri, estive a maior parte do tempo em Copacabana. Mas, por onde andei, as pessoas tinham os telemóveis a vista, principalmente iphones, portáteis nas esplanadas das praias, ipods nas corridas na calçada de Copacabana, ipads nas praias... quem viu o Rio há 8 anos, diria que mudou para melhor. Sim, é verdade, o Rio ficou diferente, mais seguro, embora saiba que o perigo tenha mudado para as cidades vizinhas e que é difícil a polícia controlar tudo. Mas, seja como for, o meu iphone esteve sempre comigo, no bolso, e, para ir ao congresso, levava sempre a mochila e não senti perigo, coisa que teria sido impossível antes. Foi bom ver o Rio em boa forma, as ruas e mesmo as praias bem mais limpas do que há 8 anos.


 Não tive muito tempo para fazer turismo, mas no fim de semana consegui ir a São Paulo visitar uns amigos queridos e ver a peça ToTatiando da Zélia Duncan. E ainda, voltar para o Rio a tempo de entrar nas favelas, era coisa que queria ter feito desde a primeira vez que fui ao Brasil. Mas ver favelas tinha de ser no Rio e finalmente consegui. Paguei uma excursão e lá fui com um grupo que só usava a língua inglesa (americanos, canadianos, irlandeses e ingleses), valeu conhecer a favela Rocinha, aquilo é um mundo enorme, uma realidade diferente do que se vê nos telejornais. Sempre que vou ao Brasil, seja a que cidade for, procuro sempre favelas, normalmente morros e desenho-as. Tenho vários desenhos de diferentes favelas. E aqui vai mais um.


 No mesmo fim de semana ainda deu para fazer uma caminhada em Ipanema, com desvio para o Leblon para conhecer a tal livraria Travessa que é para mim como um parque de diversões, fiquei encantada e ali passei horas a escolher livros. Depois fui ver a tal feira hippie de Ipanema onde acabei por comprar umas lembranças para a minha família. Nessa feira havia um pedaço de salvador, para além do artesanato baiano, havia acarajés e mulheres baianas.

 (morangos com chocolate é demais para mim, eu adoro!!!!)
 Favela!!! Favela!!! Favela!!!!
(no hotel eu fiquei, tinha esta vista)
 Lapa!!!

Shows de Zélia Duncan, 2 dias de emoção!!!!

No regresso a Portugal, levo sempre boas recordações do Brasil, fico sempre feliz quando lá vou. Adoro a água do mar, seja no sul ou no norte. Adoro a chuva tropical. Adoro as frutas, a oportunidade de beber todos os dias um suco de fruta e água de coco. Os pãezinhos de queijo e os doces com leite condensado, que são tão difíceis de resistir. A tigela de açaí é outra tentação e difícil de encontrar fora do Brasil.
O Rio me espera no próximo ano e eu espero conhecê-lo mais a fundo. Gostava de conhecer os cafés dos artistas, Santa Teresa e a Lapa (fui lá mas o tempo  foi curto demais) e outros cantos do estado do Rio, como Paraty, Angra dos Reis e Búzios...

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